A história de Banksy, o grafiteiro

Muito se especula sobre a identidade do grafiteiro, considerado hoje em dia um dos maiores nomes do grafite mundial, já tendo suas obras expostas em galerias e no Bristol Museum. Seu verdadeiro nome, ninguém sabe. O fato de permanecer por tanto tempo em completo anonimato, contribui com todo o mistério em volta de suas obras, mas não tira todo o seu mérito e importância na luta para o reconhecimento do grafite como arte.

Tudo que se sabe sobre Banksy é que suas primeiras obras começaram em Bristol, a cidade mais populosa do sudoeste Inglês. A luta do artista anônimo mais popular do mundo para que suas obras deixassem de ser taxadas como vandalismo pelas paredes do subúrbio começou cedo, no fim dos anos 80, diversas pichações do artista começaram a aparecer em cena. Tomando maior proporção na década de 90, quando sua técnica com estêncil — que consiste em pintar sobre cortes nos papel — começou a chamar atenção.

Muito se cogita mas pouco se sabe sobre o seu verdadeiro nome. Há alguns anos o jornal Daily Mail revelou que o nome verdadeiro do artista é Robin Banks, britânico nascido em 28 de julho de 1973, informação na qual nunca se deu por confirmada. Mesmo com todo o mistério, o pseudônimo Banksy, já angariou diversos fãs ao redor do mundo tendo suas obras vendidas por centenas de milhares de dólares em exposições, tendo até mesmo grafites pintados em paredes sendo vendidos inteiros em leilões.

Para Banksy, as ruas são a sua galeria. Anônimo ou não, suas obras são chamativas e estritamente críticas, sendo trazidas com um tom ácido e sagaz de modo a fazer qualquer um refletir sobre. A criatividade de Banksy beira a polêmica, e a singularidade do trabalho do artista em conjunto com o seu apelo pelo anonimato, mexe como a curiosidade das pessoas. Em 2010 atingiu o top 100 das lista de pessoas mais influentes do mundo feita pela revista Times, isso sem nunca ter mostrado seu rosto em uma exposição.

Sua arte provocativa geralmente aborda assuntos do cotidiano representando com criticidade assuntos contemporâneos. Banksy usa de figuras irônicas como ratos e soldados se beijando misturado muitas vezes a frases de efeito, suas obras se espalham por todo o globo. Palestina, Nova York, Inglaterra e Los Angeles, contam com grafites do consagrado grafiteiro, e há quem diga até mesmo que Banksy se trata de uma ideia coletiva, e não de uma só pessoa. O que já foi desmentido diversas vezes, mas convenhamos que é complicado afirmar qualquer coisa sobre o artista, que não concede entrevistas cara a cara, somente por email.

Banksy conta com um grupo de colaboradores e admiradores dispostos a ajuda-lo. Em seus primeiros grafites, Banksy demorava tanto que muitas vezes a polícia já estava chegando perto de pega-lo. Hoje em dia os seus colaboradores montam até mesmo estruturas e as deixam prontas para que ele possa pintar escondido.

O artista divide a crítica especializada em arte e encabeça a velha discussão do que é considerado arte ou vandalismo. O protesto de Banksy é silencioso mas a sua arte grita por si própria, espalhando seu trabalho antissistema e seus ideais críticos sociais e políticos com fortes argumentos que o qualificam como um grande artista do grafite atual ele continua sua luta.

Banksy se tornou uma lenda, o mito em torno de si só reforça a importância do grafite para a valorização da arte urbana, a repercussão causada com suas primeiras polêmicas trouxe à tona outra discussão de cunho social sobre a liberdade de expressão e a arte. De fato Banksy trouxe um novo patamar artístico e devemos reconhecer o impacto social de suas obras na atualidade.